terça-feira, 7 de outubro de 2008

Personal Learning Environments

Ambientes pessoais de aprendizado: desafiando o design dominante dos sistemas educacionais.
Scott Wilson, Prof. Oleg Liber, Mark Johnson, Phil Beauvoir, Paul Sharples & Colin Milligan, University of Bolton

Resumo
Os autores afirmam que o sistema atual usado em educação segue um modelo de design inadequado sob alguns aspectos e propõem um modelo alternativo, que enfatize conexões simétricas com uma gama de serviços de aprendizagem formais e informais, trabalho e lazer. Também são identificadas estratégias para implementação e experimentação.

Introdução
Os autores exemplificam brevemente o conceito de 'design dominante' afirmando que nem sempre o dominante é a melhor solução técnica (ex. VHS versus Betamax). Os autores passam então a falar sobre os ambientes virtuais de aprendizado (VLE) e comenta que apesar destes estarem recebendo melhorias, outras inovações tecnológicas (blogs, peer to peer, wikis) vêm sendo adotadas pelo público em geral mas ainda não são levadas em conta pelo VLE, que também é, segundo os autores, o modelo de design dominante dos sistemas educacionais.

Características do design dominante
Os autores listam as seguintes características:
- foco na integração de ferramentas e de dados no contexto do curso:
- relações assimétricas: as capacidades do estudante bem diferente das capacidades do professor;
- experiência homogênea do contexto: experiências são iguais e comuns a todos;
- uso de um padrão aberto de e-learning;
- direitos de administração e controle de acesso: tipicamente restrito, vai contra a idéia de unir as experiências de aprendizado;
- escopo organizacional.

Características de um design alternativo
"Personal Learning Environment" (PLE) - Ambiente pessoal de aprendizado
- foco na coordenação de conexões entre usuários e serviços;
- relações simétricas;
- contexto individualizado;
- padrão aberto de internet e proprietário superficial de APIs;
- conteúdo aberto;
- escopo pessoal e global.

Estratégias de implementação
Os autores defendem o uso de algumas estratégias, listadas a seguir:
- conectores plug-in para serviços: troca de informações entre serviços com o uso de feeds e APIs, por exemplo;
- tags, listas e smart groups (como as do iTunes, por exemplo).

Desafios
- fatores pouco comuns: o uso de informações heterogêneas faz com que o sistema tenha a necessidade de lidar eficientemente com diversos dados ao mesmo tempo.
- limites tênues: devido à quantidade de informações e aos variados contextos, o PLE pode optar por reduzir o escopo da representação e incentivar a interação com o contexto deixando o sistema e indo direto ao serviço;
- coordenação efetiva de grupos e times: ainda não está claro quais mecanismos podem sustentar a coordenação de ações coletivas por grupos e times dentro de um PLE.
- reificação inapropriada do design: as características do design de um PLE deve combinar dispositivos como laptops e celulares, aplicações como newsreaders e messengers e serviços (blogs e serviços de bookmarks sociais). Porém é necessário um maior desenvolvimento das tecnologias e técnicas que suportem uma melhor coordenação.
- convivência com sistemas existentes.

Conclusões
O VLE ainda é praticamente onipresente nas instituições de ensino. Porém, sua hegemonia está sendo desafiada. A diferente entre VLE e PLE é mais conceitual do que propriamente de seus recursos, porém os autores acreditam que com o desenvolvimento dos modelos PLE, o VLE deixará de ser uma opção atraente.

Um comentário:

Romero Tori disse...

Bom resumo do artigo. Gostaria de saber o que você acha dessa proposta.
Grande abraço.

Romero